O movimento sindical tem suas raízes na Revolução Industrial, que começou no final do século XVIII e se intensificou ao longo do século XIX. Com a mecanização da produção e a crescente urbanização, surgiram novas relações de trabalho, caracterizadas por jornadas exaustivas, baixos salários e condições insalubres. Nesse cenário, os trabalhadores passaram a se organizar coletivamente para reivindicar melhores condições de trabalho e direitos básicos.
Os primeiros registros de organizações operárias datam do final do século XVIII na Inglaterra, onde surgiram as “trade unions” (uniões de trabalhadores). Inicialmente, essas organizações eram clandestinas, pois as leis inglesas proibiam associações de trabalhadores, considerando-as uma ameaça à ordem econômica. No entanto, mesmo diante da repressão, as uniões se fortaleceram e, em 1824, o governo britânico foi obrigado a revogar as leis que criminalizavam os sindicatos.
Nos Estados Unidos e na França, o movimento sindical também começou a ganhar força no século XIX, impulsionado pela luta por redução da jornada de trabalho. Um marco importante foi a greve geral de 1886 nos Estados Unidos, que culminou no famoso evento de Haymarket, em Chicago, e deu origem ao Dia Internacional dos Trabalhadores, comemorado em 1º de maio.
Com o passar dos anos, os sindicatos se expandiram pelo mundo, tornando-se instrumentos fundamentais na defesa dos direitos trabalhistas.
No próximo artigo, abordaremos as primeiras conquistas sindicais e sua influência na legislação trabalhista no Brasil, até lá!!!